Os pesquisadores professores Adamo F. G do Monte e Maurício Foschini, do Instituto de Física da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), testaram as máscaras disponíveis no mercado brasileiro com o objetivo de identificar as que mais protegem contra a COVID-19.
O estudo comparou em laboratório, a eficiência relativa de máscaras comerciais com alguns tecidos e papeis comumente mencionados pelo Ministério da Saúde
(ref. https://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2020/April/06/Nota-Informativa.pdf), em mídia, ou até mesmo em redes sociais.
O arranjo experimental usado na execução das medidas para determinação de porcentagem de retenção de aerossóis em materiais utilizados como máscaras caseira utilizou um nebulizador piezoelétrico de 3W de potência e uma frequência de 108 kHz. Este equipamento foi utilizado para a criação do aerossol de água destilada. A nevoa foi transportada em uma linha com a sucção de um aspirador de pó. Na linha de transporte foi adicionando uma válvula de controle de fluxo e pressão. As medidas de pressão foram obtidas com um sensor de pressão BMP180 utilizando o Arduino nano V3 – ATMEGA 328p programado como interface e um computador.
Foi confeccionada em uma impressora 3D uma câmara como porta-amostra com 6 janelas ópticas planas, que podem ser desacopladas para inserção de amostras, sendo 3 janelas antes da amostra 3 janelas após a amostra seguindo o fluxo do aerossol.
Os resultados principais estão na figura de ilustração da matéria. Os docentes preparam publicação científica sobre a pesquisa laboratorial.
Os resultados mostram que máscaras N95 e cirúrgicas devem ser reservadas para grupos de risco. Para as pessoas comuns, o estudo mostra que máscaras de algodão 100%, com triplo ou duplo tecido são as excelentes, assim como as de tricoline.
O papel filtrou muito bem o aerossol, mas não demonstrou boa vedação lateral, umidificando muito rápido, em segundos, perdendo sua função. Do mesmo modo, os outros tipos de papel. As máscaras de TNT vedam de modo baixo, sendo estas as últimas na classificação quanto a eficiência de proteção sanitária.
Fonte: a Ciência que nós fazemos