Especializada em temas internacionais, Sandra Cohen descreve que a ausência de monitoramento dos casos, falta de testes, demora na tomada de decisões e violações da quarentena amplificaram a tragédia no país. Longe ainda do término, a pandemia Covid-19 sobrecarrega hospitais, sistemas funerários, além de modificar a rotina dos habitantes com o toque recolher de 15 horas diárias.
Os números, quando se pensa em um país de grande porte, são míseros, até agora são 7.600 doentes e 369 mortos. Entretanto, Equador tem apenas 17,5 milhões de habitantes com uma taxa de pobreza estimada em 11,2% somente em Guayaquil a qual, de acordo com o chefe da Força-Tarefa do Coronavírus, Jorge Wated, estima-se entre 2.500 e 3.500 pessoas mortas.
Estes fatos levantam a questão do impacto financeiro do país, o qual entra na sua quinta semana de quarentena, e das consequências de uma possível flexibilização da quarentena. Para minimizar o impacto financeiro, o governo define medidas econômicas para compra de equipamentos hospitalares, auxílio às famílias de baixa renda e redução de impostos para pequenas e médias empresas durante seis meses. As medidas de flexibilização serão estudadas após o próximo domingo, porém o epidemiologista Simancas demonstra cautela e ceticismo em relação à mudança antecipada das restrições em vigor.
Fonte: G1 - O portal de notícias da Globo


