A grande estrela do terceiro dia de Campus Party foi um americano que vive exilado na Rússia depois de ter revelado um esquema de vigilância e espionagem contra os próprios cidadãos por parte do governo dos EUA. Edward Snowden é, hoje, um ativista. “Não me arrependo de nada, a não ser de não ter feito antes. Se tivéssemos feito antes, teríamos podido reagir antes também para que fosse mais efetivo, especialmente reduzindo a quantidade de países que sofreram vigilância em massa”, disse na Campus Party Digital Edition.
Snowden também comentou o projeto de lei das Fake News que está sendo discutido no Brasil atualmente. “Eu não tenho detalhes sobre a lei, mas sabendo o estado da democracia no Brasil, não é tão surpreendente assim. Nós vemos essas leis sendo usadas para efeito político e para controlar o entendimento público da realidade”.
Para o ativista, quem propaga notícias falsas deve ser investigado e punido individualmente de acordo com a lei, mas a estratégia de transformar provedores e plataformas em polícia das fake news ou do discurso de ódio é um erro.
Fonte: UOL


