De acordo com o estudo da Reboot, existem diferenças muito acentuadas entre os utilizadores mais velhos e os mais jovens no que diz respeito à credibilidade que dão a títulos de notícias conhecidos como “clickbait”, cujo único intuito é fazer as pessoas carregarem nos links.
O novo relatório divulgado recentemente, “Is There A Fake News Generation?”, conclui que grande parte dos utilizadores da Internet não são os consumidores sofisticados e digitalmente dotados que pensam ser, mas são afinal facilmente enganados por desinformação.
Este alerta revelado no estudo que foi divulgado no final de setembro ganhou maior destaque por este ser um ano de eleições nos EUA, com as autoridades dos EUA a admitirem que a interferência estrangeira continua, embora como novos esquemas para espalhar desinformação nas redes sociais usando utilizadores norte-americanos.
As principais conclusões do relatório Reboot mostram que os utilizadores mais velhos, com 60 ou mais anos, têm uma preferência por artigos com títulos clickbait 81% das vezes, em comparação com 72% dos jovens com 30 anos ou menos anos.
O estudo revela ainda que quanto mais tempo os utilizadores passam nas redes sociais, pior será o que é chamado do seu discernimento noticioso – ou capacidade de perceber o que é desinformação ou fake news e o que não é, independentemente da idade, rendimento ou ideologia política.
Por fim, conclui-se que as pessoas que passam mais tempo nas redes sociais não são tão competentes na identificação de notícias e sites que tentam manipular com falsidades como acreditam ser.
A CEO da Fundação Reboot e autora do relatório, Helen Lee Bouygues, explica em comunicado que a “investigação mostrou que as pessoas precisam de ajuda para desenvolver capacidades de pensamento crítico, necessárias para o conhecimento e consumo inteligente de notícias online”.
Helen afirma ainda que o estudo não se refere “apenas às chamadas notícias falsas e ao clickbait” revelando também que os utilizadores “estão suscetíveis a uma grande variedade de técnicas de desinformação”.
Dos participantes no estudo, apenas 1% mostrou um verdadeiro conhecimento de técnicas de verificação de factos, com grande parte do público a assumir que considera, como informação fiável qualquer site que termine em “.org”, enquanto outros apenas se preocupavam em encontrar a página pretendida no motor de busca Google.
Fonte: Dinheiro Vivo


