Os 70 dias do Comprova na checagem de informações duvidosas sobre covid-19

17 de junho de 2020

Quando começou o expediente especial do Projeto Comprova sobre o novo coronavírus, os checadores participantes se depararam com um desafio. Além de atender à precisão e ao rigor que as investigações propostas pela coalizão sempre exigiram, os jornalistas precisaram navegar em um cenário em que as informações sobre a pandemia mudavam rapidamente e a agenda de notícias falsas acompanhava as declarações e os posicionamentos governamentais.

À medida que a comunidade científica se esforçava para produzir estudos em velocidade inédita e os órgãos de saúde de todo o mundo se organizavam para criar protocolos de enfrentamento à covid-19, o trabalho de separar os fatos das mentiras que circulam nas redes sociais se tornou ainda mais difícil.

Além de mais desafiadora, a verificação passou a ter outro nível de importância. Nestes novos casos investigados pelo Comprova, a desinformação está diretamente relacionada à saúde das pessoas.

Boatos sobre curas milagrosas e métodos preventivos não testados podem trazer uma falsa sensação de segurança, que estimula o relaxamento de medidas de proteção que realmente funcionam — como a higiene das mãos e o distanciamento social. Mais perigoso ainda é o convite à automedicação, que pode trazer riscos reais à saúde. Sabemos que, ao desmentir desinformação sobre o novo coronavírus, estamos tocando em um dos temas mais delicados para os leitores: o medo de adoecer e de colocar as pessoas que amam em risco.

Ao longo dos 70 primeiros dias em que os veículos participantes do Comprova se dedicaram a monitorar, checar e explicar o conteúdo on-line sobre o novo coronavírus, a desinformação sobre o assunto seguiu tendências que acompanharam o debate público em torno da pandemia. Muitas das verificações publicadas abordaram temas semelhantes — sempre refletindo o que nas redes sociais era mais viral sobre a covid-19. Nos textos abaixo, separamos algumas das ondas de boatos que tivemos que navegar.


Fonte: UOL
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