Levando em consideração o Portal do Ministério da Saúde e os dois maiores portais brasileiros em acessos, Portal Globo.com e Portal UOL, 6 fake news foram esclarecidas, 1 realizada pelo Portal UOL, 4 pelo Portal Globo.com e 1 pelo Portal do Ministério da Saúde no dia 28 de Fevereiro. São elas:
(1) Paciente com coronavírus não pulou 4 dias de carnaval em SP
Um empresário de 61 anos diagnosticado com coronavírus após retornar da Itália não circulou por São Paulo e nem pulou Carnaval. Segundo informações do Ministério da Saúde, no entanto, não há informações de que seu fim de semana tenha sido assim animado. Em entrevista coletiva na quarta (26/02/2020), a Coordenadora de Vigilância em Saúde em São Paulo, Solange Saboia, informou que todos os familiares com quem ele teve contato, além de passageiros do mesmo voo, estão sendo monitorados por ligações diárias para checagem de seu estado de saúde. Nenhum, além do empresário, apresentou sintomas.
(2) É #FAKE que vídeo mostre telhado cheio de morcegos fonte do coronavírus na China
Um vídeo que mostra o momento em que dezenas de morcegos saem voando quando operários movimentam peças de um telhado é falso. A legenda que acompanha o vídeo afirma que as imagens são de Wuhan, na China, epicentro do coronavírus. Entretanto, ele foi gravado em uma residência em Miami, nos Estados Unidos, e está publicado na internet há quase 10 anos. Morcegos são considerados uma possível fonte do coronavírus, mas não há essa confirmação ainda. Não se sabe ao certo qual animal é o vetor do surto que surgiu na cidade chinesa de Wuhan.
(3) É #FAKE que vídeo mostre crianças deitadas no chão com dor por causa do coronavírus na China
Um vídeo que mostra crianças berrando e sacudindo pernas e braços enquanto estão deitadas no chão com uma mensagem afirmando que as elas estão “morrendo de dor” com o coronavírus em uma “cidade da China” é falso. Na verdade, o vídeo não foi gravado na China nem sequer mostra pessoas com coronavírus. O vídeo foi feito em janeiro deste ano no estado de Gauteng, na África do Sul, e mostra uma escola fazendo uma simulação de um ataque a bomba. A informação foi confirmada pelo pai do autor do vídeo, que estuda na escola do país africano e publicou as imagens na rede social TikTok.
(4) É #FAKE que governo chinês busca aprovação para matar 20 mil pacientes com coronavírus
A Embaixada da China no Brasil e o Ministério da Saúde brasileiro afirmam que a mensagem é totalmente falsa já que não há nenhum registro de audiência na Suprema Corte Popular da China sobre esse tema.
(5) É #FAKE mensagem em vídeo que diz que álcool gel não funciona como forma de prevenção contra o coronavírus
O professor do Instituto de Química da Universidade de São Paulo, Fábio Rodrigues, diz que o trecho em que o homem diz que o álcool em gel só mata fungos e não mata bactérias ou vírus não é verdadeiro. Segundo ele, o álcool consegue atacar diferentes micro-organismos. Sobre a parte de gelatinantes, o professor diz: “De fato, gelatinantes podem ser usados em meio de cultura na placa de Petri, mas eles agem apenas para solidificar o meio. O que vai alimentar bactérias são os nutrientes adicionados no meio. Para vírus, isso não procede de forma nenhuma”. Rodrigues diz ainda que o álcool 70 INPM contém 70% da massa de álcool e o restante de água ou espessante. Portanto, não há apenas 10% de álcool, como prega o homem na mensagem falsa. O conselheiro do Conselho Federal de Farmácia e professor na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Gerson Pianetti, explica que todo álcool 70% tem que ter registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Para ter o registro, precisa seguir o formulário nacional da Farmacopéia Brasileira.
Por fim, o presidente do Conselho Federal de Química, José Ribamar Oliveira Filho, afirma que só pode ser “brincadeira” a recomendação de uso do vinagre. “Vinagre, além de ter cheiro, tem uma concentração que varia de 4% a 5% (de ácido acético). Para cada 100 ml de vinagre, eu só tenho 5 ml de ácido acético”.
(6) E-mail com informações de que chá de erva doce cura coronavírus – É FAKE NEWS!
Até o momento, não há nenhum medicamento, substância, vitamina, alimento específico ou vacina que possa prevenir a infecção pelo coronavírus (COVID-19). Além disso, as orientações que o chá de erva-doce tem a mesma substância do medicamento Tamiflu também é falsa. O chá de erva-doce não possui o princípio ativo do Tamiflu (fosfato de oseltamivir). O Hospital das Clínicas de São Paulo, citado no texto da mensagem, esclareceu que não realizou alertas à população.
As investigações sobre as formas de transmissão do novo coronavírus ainda estão em andamento, mas a disseminação de pessoa para pessoa, ou seja, a contaminação por contato, está ocorrendo. A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como:
– gotículas de saliva;
– espirro;
– tosse;
– catarro;
– contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão;
– contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.
O Ministério da Saúde ainda orienta cuidados básicos diários para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o novo coronavírus. Entre as medidas estão:
– Lavar as mãos frequentemente com água e sabão por pelo menos 20 segundos ou então higienize com álcool em gel 70%.
– Utilizar lenço descartável para higiene nasal.
– Cobrir nariz e boca ao tossir ou espirrar com COM O BRAÇO (e não com as mãos!) ou com um lenço de papel (e jogar no lixo).
– Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas.
– Higienizar as mãos após tossir ou espirrar.
– Não compartilhar objetos de uso pessoal (como talheres, toalhas, pratos e copos).
– Manter os ambientes bem ventilados.
– Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com frequência.
– Evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas da doença.
– Evitar contato próximo com pessoas que sofrem de infecções respiratórias agudas.
– Evitar contato próximo com animais selvagens e animais doentes em fazendas ou criações.
– Evitar aglomerações.
– Ficar em casa quando estiver doente.
Fonte: Ministério da Saúde


