Ataques e ‘fake news’ após entidade divulgar nota contra uso da hidroxicloroquina para Covid-19

20 de julho de 2020

Desde que divulgou seu novo posicionamento contra o uso da hidroxicloroquina no tratamento da Covid-19, a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) relata que membros da entidade passaram a sofrer ataques e se tornaram alvo de “fake news” nas redes sociais. Segundo a SBI, as postagens se valem de “discurso de ódio” e “difamação”. Nas postagens, os detratores falam contra a Organização Mundial da Saúde (OMS) e atribuem interesses comerciais e ligações políticas aos profissionais para desqualificar o posicionamento científico da SBI.

Na última sexta-feira (17), a SBI reafirmou ser contra o uso do medicamento em qualquer fase do tratamento contra o novo coronavírus. A entidade citou estudos científicos publicados na quinta-feira (16) para classificar como “urgente” que a droga deixe de ser utilizada por pacientes em diferentes fases da Covid-19, inclusive na sua prevenção. Segundo a SBI, dois estudos clínicos robustos publicados em revistas médicas de prestígio (veja os links abaixo) comprovaram que a droga não foi eficaz no tratamento precoce da doença e ainda trouxe complicações aos pacientes. Desde então, a associação relata ataques nas redes sociais.

Em junho, um levantamento feito pelo G1 revelou que ao menos 79 denúncias foram registradas contra médicos e enfermeiros por divulgação de fake news ou ‘curas milagrosas’ durante a pandemia do novo coronavírus. Em 40 casos, foram abertas sindicâncias para apurar a denúncia; em seis, já há processos éticos.


Fonte: Consultor Jurídico
Translate »