Levando em consideração o Portal do Ministério da Saúde e os dois maiores portais brasileiros em acessos, Portal Globo.com e Portal UOL, apenas o Portal Globo.com fez um esclarecimento acerca das fake news no dia 31 de Agosto. É ele:
(1) É #FAKE que OMS pediu desculpas por erro, mudou posicionamento e agora recomenda hidroxicloroquina para tratar a Covid-19
Circula nas redes sociais que a Organização Mundial de Saúde (OMS) voltou atrás em seu posicionamento contrário à prescrição de hidroxicloroquina para tratamento da Covid-19, e que agora a agência pede desculpas por isso. A mensagem falsa diz: “OMS pede desculpas pelo erro na controvérsia sobre a hidroxicloroquina”. Procurada pela CBN, a Organização Pan-Americana de Saúde, escritório regional da OMS para as Américas, esclarece que não houve mudanças no entendimento sobre a inadequação destes medicamentos para a Covid-19. Ou seja, como não há estudos que embasem a prescrição da hidroxicloroquina e da cloroquina para conter o coronavírus, ainda que estes sejam medicamentos com ação para outras doenças, eles não são recomendados.
Diz o site da organização, na seção de perguntas e respostas a respeito da Covid-19, atualizada no último dia 28: “Todo país é soberano para decidir sobre seus protocolos clínicos de uso de medicamentos. Embora a hidroxicloroquina e a cloroquina sejam produtos licenciados para o tratamento de outras doenças – respectivamente, doenças autoimunes e malária –, não há evidência científica até o momento de que esses medicamentos sejam eficazes e seguros no tratamento da Covid-19″.
A agência entende ainda que “as evidências disponíveis sobre benefícios do uso de cloroquina ou hidroxicloroquina são insuficientes”, e que “a maioria das pesquisas até agora sugere que não há benefício”. Relembra também que já foram feitos alertas sobre efeitos colaterais relevantes dos medicamentos. “Por isso, enquanto não haja evidências científicas de melhor qualidade sobre a eficácia e segurança desses medicamentos”, a recomendação é que “eles sejam usados apenas no contexto de estudos devidamente registrados, aprovados e eticamente aceitáveis”, afirma.
Ao longo da pandemia, a OMS já mudou de conduta sobre o uso da hidroxicloroquina nos pacientes infectados pelo coronavírus. Houve testes no passado, mas eles foram interrompidos em junho, conforme o conhecimento sobre o vírus foi aumentando e os resultados não se revelaram promissores. A conclusão da agência é: os resultados anunciados até o momento mostram que “a hidroxicloroquina não resulta na redução da mortalidade de pacientes com Covid-19 hospitalizados, quando comparados com o padrão de atendimento”.
As investigações sobre as formas de transmissão do novo coronavírus ainda estão em andamento, mas a disseminação de pessoa para pessoa, ou seja, a contaminação por contato, está ocorrendo. A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como:
– gotículas de saliva;
– espirro;
– tosse;
– catarro;
– contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão;
– contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.
O Ministério da Saúde ainda orienta cuidados básicos diários para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o novo coronavírus. Entre as medidas estão:
– Lavar as mãos frequentemente com água e sabão por pelo menos 20 segundos ou então higienize com álcool em gel 70%.
– Utilizar lenço descartável para higiene nasal.
– Cobrir nariz e boca ao tossir ou espirrar com COM O BRAÇO (e não com as mãos!) ou com um lenço de papel (e jogar no lixo).
– Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas.
– Higienizar as mãos após tossir ou espirrar.
– Não compartilhar objetos de uso pessoal (como talheres, toalhas, pratos e copos).
– Manter os ambientes bem ventilados.
– Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com frequência.
– Evitar contato próximo com pessoas resfriadas ou que estejam com sintomas parecidos com os da gripe.
– Evitar contato próximo com pessoas que sofrem de infecções respiratórias agudas.
– Evitar contato próximo com animais selvagens e animais doentes em fazendas ou criações.
– Evitar aglomerações.
– Ficar em casa quando estiver doente.
Fonte: Ministério da Saúde


