29.07.2020 – Notícias classificadas como Fake News

29 de julho de 2020

Levando em consideração o Portal do Ministério da Saúde e os dois maiores portais brasileiros em acessos, Portal Globo.com e Portal UOL, 2 fake news foram esclarecidas, 1 realizada pelo Portal Globo.com e outra pelo Portal UOL no dia 29 de julho. São elas:

(1) É #FAKE que vacinas contra o novo coronavírus possam gerar seres geneticamente modificados
O vídeo, de pouco mais de 21 minutos, foi gravado por uma osteopata norte-americana chamada Carrie Madej. Ela diz: “As vacinas para a Covid-19 são projetadas para nos transformar em organismos geneticamente modificados. A tecnologia do DNA e RNA recombinante vai causar nas pessoas alterações genéticas permanentes e desconhecidas. Cria uma nova espécie, e talvez destrua a nossa”. Segundo o pneumologista Rodolfo Fred Behrsin, professor do Hospital Universitário Gaffrée e Guinle, para modificar o código genético humano seria necessário um mecanismo que não existe neste tipo de vacina. “O material da vacina teria que entrar em todas as células do organismo, produzindo tal mudança, o que não parece ser viável. Os volumes administrados em cada paciente são pequenos. Além disso, a vacina será testada em relação a efeitos colaterais antes de liberada.”

Em outro ponto do vídeo, a osteopata diz: “Esse tipo de vacina como as da Covid-19 nunca foi usada em humanos, e agora querem injetar em todo mundo. Estão pulando os testes em animais e passando direto pros testes em humanos. Não estão usando protocolos sérios que provam que as vacinas são seguras e eficazes. Não há estudos randomizados. Dizem que não têm tempo para isso. Basicamente só é preciso provar que a vacina está provocando o surgimento de anticorpos”. É verdade que se trata de um tipo novo de vacina, mas não há motivos para que se desconfie dela, como se humanos fossem servir de cobaias para aventureiros, segundo os médicos entrevistados pela CBN. Segundo o infectologista Leonardo Weissmann, “a tecnologia é recente e testada em seres humanos com a pandemia de Covid-19, porém, foram, sim, realizados testes prévios em animais”.

(2) Médica usa informações falsas em vídeo para falar em cura da covid-19
O vídeo que apresenta informações falsas foi gravado em frente ao prédio da Suprema Corte dos Estados Unidos, em Washington D.C., capital do país durante o White Coat Summit (Encontro do Jaleco), reunião do grupo de médicos America’s Frontline Doctors (Médicos da Linha de Frente), que questiona o consenso científico sobre o novo coronavírus. Nele, uma médica camaronesa radicada nos Estados Unidos afirma que “Esse vírus tem uma cura! Ela se chama hidroxicloroquina, zinco e azitromicina. Eu sei que as pessoas querem falar sobre máscaras. Oi? Vocês não precisa de uma máscara. Tem cura!”. Entretanto, tanto a Organização Mundial da Saúde (OMS) quanto as autoridades sanitárias dos Estados Unidos e do Brasil são categóricos: não há cura para a covid-19. Uma série de medicamentos e vacinas estão em estudo, mas, por enquanto, nenhum teve a eficácia totalmente comprovada contra o novo coronavírus. O zinco é um suplemento alimentar e a azitromicina é um antibiótico, ou seja, é indicada para o combate de bactérias. Alguns médicos têm prescrito a droga para evitar o surgimento de infecções oportunistas em pacientes de covid-19 e a hidroxicloroquina e a cloroquina são drogas para o tratamento da malária e de doenças autoimunes, como lúpus.

As medidas indicadas para a prevenção do novo coronavírus são não farmacológicas, como a higienização de mãos e superfícies, o distanciamento social e o uso de máscaras. A OMS reconhece que as máscaras de pano têm efetividade limitada para evitar o contágio, mas recomenda que os governos estimulem o uso em regiões com transmissão comunitária do vírus onde haja capacidade limitada para implementar medidas de controle. A regra vale especialmente para locais onde não é possível manter o distanciamento físico, como transporte público, lojas e ambientes fechados. A OMS também sugere que as máscaras cirúrgicas e N95 sejam destinadas a profissionais de saúde, pacientes com sintomas de covid-19 e familiares e pessoas de grupos de alto risco, como idosos e portadores de comorbidades. O CDC (Center for Disease Control and Prevention) também recomenda o uso de proteções para evitar a disseminação do novo coronavírus. Aqui no Brasil, o Ministério da Saúde passou a recomendar o uso de máscaras caseiras em abril. Elas precisam ser feitas de duas camadas de pano, cobrir totalmente a boca e o nariz e ser justas ao rosto, sem deixar espaço nas laterais. O uso é individual e os equipamentos de proteção não podem ser compartilhados com outras pessoas.

As investigações sobre as formas de transmissão do novo coronavírus ainda estão em andamento, mas a disseminação de pessoa para pessoa, ou seja, a contaminação por contato, está ocorrendo. A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como:
– gotículas de saliva;
– espirro;
– tosse;
– catarro;
– contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão;
– contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.

O Ministério da Saúde ainda orienta cuidados básicos diários para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o novo coronavírus. Entre as medidas estão:
– Lavar as mãos frequentemente com água e sabão por pelo menos 20 segundos ou então higienize com álcool em gel 70%.
– Utilizar lenço descartável para higiene nasal.
– Cobrir nariz e boca ao tossir ou espirrar com COM O BRAÇO (e não com as mãos!) ou com um lenço de papel (e jogar no lixo).
– Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas.
– Higienizar as mãos após tossir ou espirrar.
– Não compartilhar objetos de uso pessoal (como talheres, toalhas, pratos e copos).
– Manter os ambientes bem ventilados.
– Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com frequência.
– Evitar contato próximo com pessoas resfriadas ou que estejam com sintomas parecidos com os da gripe.
– Evitar contato próximo com pessoas que sofrem de infecções respiratórias agudas.
– Evitar contato próximo com animais selvagens e animais doentes em fazendas ou criações.
– Evitar aglomerações.
– Ficar em casa quando estiver doente.


Fonte: Ministério da Saúde
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