Levando em consideração o Portal do Ministério da Saúde e os dois maiores portais brasileiros em acessos, Portal Globo.com e Portal UOL, 2 fake news foram esclarecidas, 1 realizada pelo Portal Globo.com e outra pelo Portal UOL no dia 17 de setembro. São elas:
(1) É #FAKE que governadora do Rio Grande do Norte determinou distanciamento de carros para conter propagação do coronavírus
Circula nas redes sociais a afirmação de que a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, determinou o afastamento de carros em estacionamentos para evitar a disseminação do coronavírus. Pelo Twitter, Fátima Bezerra compartilhou uma postagem do governo que diz: “Não existe nenhuma determinação orientando ao distanciamento entre veículos para combate ao coronavírus, seja por parte do governo ou do Detran-RN”. O governo lembra que “não compete ao governo do RN a responsabilidade sobre estacionamentos”. “Esta competência é da Secretaria de Transporte e Trânsito Urbano,” O órgão é da prefeitura da capital, Natal.
A informação falsa tem sido compartilhada de forma debochada nas redes sociais, porque naturalmente o distanciamento de carros puro e simples não equivale ao distanciamento social necessário para reduzir a contaminação pelo coronavírus. O que vem sendo tentado em relação às áreas destinadas a veículos em locais como hipermercados e shoppings, não só no estado do Rio Grande do Norte, mas em outras partes do Brasil, é dar um espaçamento maior entre as vagas. Dessa forma, os motoristas não ficam tão próximos uns dos outros quando saem ou entram nos veículos. Também houve redução de vagas, em alguns casos, no sentido de evitar aglomerações dentro dos estabelecimentos sociais.
(2) É falso que irmãos morreram após se vacinarem contra a covid-19
Não é verdade que três irmãos morreram após receber uma dose da vacina contra a covid-19, como afirma uma mulher em um vídeo que viralizou no Youtube. Ela faz diversas alegações no vídeo, mas sua história tem vários furos ou pontos que não fazem sentido, como verificou o Comprova.
A autora do vídeo diz que os jovens tinham 13, 16 e 18 anos e não especifica qual das quatro vacinas em teste no Brasil teria sido responsável pelo ocorrido – ela nem usa a palavra “vacina”, alegando que, caso falasse, seu vídeo seria derrubado. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que autoriza as pesquisas clínicas sobre a proteção no país, informou que apenas maiores de idade podem receber as doses. Além disso, a Anvisa afirmou que não houve nenhum relato de mortes nem de reação adversa grave relacionadas às imunizações.
Ainda segundo a autora do vídeo, a suposta família teria decidido se imunizar porque ia viajar para fora do Brasil. Também segundo a Anvisa, “as vacinas em teste estão restritas ao protocolo de pesquisa e aos voluntários selecionados previamente para a pesquisa”. Vacinas em fase de testes não podem ser exigidas como pré-requisitos para viagens ao exterior – ou seja, a família não poderia ter acesso ao medicamento. A pessoa que gravou o vídeo se apresenta como terapeuta. O Comprova entrou em contato com ela, que afirmou não ter “mais nada a acrescentar”.
As investigações sobre as formas de transmissão do novo coronavírus ainda estão em andamento, mas a disseminação de pessoa para pessoa, ou seja, a contaminação por contato, está ocorrendo. A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como:
– gotículas de saliva;
– espirro;
– tosse;
– catarro;
– contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão;
– contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.
O Ministério da Saúde ainda orienta cuidados básicos diários para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o novo coronavírus. Entre as medidas estão:
– Lavar as mãos frequentemente com água e sabão por pelo menos 20 segundos ou então higienize com álcool em gel 70%.
– Utilizar lenço descartável para higiene nasal.
– Cobrir nariz e boca ao tossir ou espirrar com COM O BRAÇO (e não com as mãos!) ou com um lenço de papel (e jogar no lixo).
– Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas.
– Higienizar as mãos após tossir ou espirrar.
– Não compartilhar objetos de uso pessoal (como talheres, toalhas, pratos e copos).
– Manter os ambientes bem ventilados.
– Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com frequência.
– Evitar contato próximo com pessoas resfriadas ou que estejam com sintomas parecidos com os da gripe.
– Evitar contato próximo com pessoas que sofrem de infecções respiratórias agudas.
– Evitar contato próximo com animais selvagens e animais doentes em fazendas ou criações.
– Evitar aglomerações.
– Ficar em casa quando estiver doente.
Fonte: Ministério da Saúde


