16.07.2020 – Notícias classificadas como Fake News

16 de julho de 2020

Levando em consideração o Portal do Ministério da Saúde e os dois maiores portais brasileiros em acessos, Portal Globo.com e Portal UOL, apenas o Portal Globo.com fez um esclarecimentos acerca das fake news no dia 16 de Junho. É ela:

(1) É #FAKE que isolamento social faça contaminados respirarem o próprio vírus e assim aumentam carga viral
A mensagem que está circulando acompanha uma reportagem sobre a chamada imunidade de rebanho e induz quem lê a pensar que os contaminados devem abandonar o distanciamento social – preconizado pelas autoridades de saúde como forma de se conter a disseminação do vírus. A legenda diz: “É tão óbvio isso. A Itália foi a maior prova de que as pessoas trancadas em casa respiram o próprio vírus, aumentando a carga viral da Covid-19, gerando uma espécie de superdosagem e tornando a gripe chinesa, que era leve, em grave ou fatal”. Entretanto, o infectologista Leonardo Weissmann, consultor da Sociedade Brasileira de Infectologista, afirma que não existe a possibilidade de “autoinfecção” pelo coronavírus. Weissmann ainda explica: “[…] com os conhecimentos que temos até este momento, é possível afirmar que a carga viral não é o único fator que vai determinar quem ficará doente ou morrer. Isso dependerá de outros aspectos, como genética, defesa do organismo e as mutações do vírus”.

Quanto à questão da imunidade de rebanho, que é um efeito de proteção coletivo quando uma determinada porcentagem dos habitantes de uma região desenvolve anticorpos contra uma doença, ele aponta que ainda há muitas dúvidas: a Covid-19 foi descoberta há poucos meses e a pandemia ainda está em curso. O virologista Rômulo Neris, doutorando pela UFRJ, explica que o conceito de imunidade de rebanho, ou de imunização em massa da população, geralmente é utilizado para descrever a imunização após eventos de vacinação em massa – o que não é o caso agora. Ele ainda sublinha: “[…] imunidade de rebanho está associada a uma proteção coletiva pela permanência de indivíduos imunizados na população. E estudos recentes sugerem que os níveis de anticorpos contra o novo coronavírus diminuem após alguns meses, o que pode favorecer a recirculação da doença”. A pneumologista Patricia Canto Ribeiro, da Escola Nacional de Saúde Pública, lembra que o espalhamento do coronavírus se reduzirá quando um determinado percentual da população já estiver acometido, mas ainda não se pode relaxar no distanciamento social. Por conta do alto número de mortos que isso pode acarretar, na esteira de um colapso no sistema de saúde.

As investigações sobre as formas de transmissão do novo coronavírus ainda estão em andamento, mas a disseminação de pessoa para pessoa, ou seja, a contaminação por contato, está ocorrendo. A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como:
– gotículas de saliva;
– espirro;
– tosse;
– catarro;
– contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão;
– contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.

O Ministério da Saúde ainda orienta cuidados básicos diários para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o novo coronavírus. Entre as medidas estão:
– Lavar as mãos frequentemente com água e sabão por pelo menos 20 segundos ou então higienize com álcool em gel 70%.
– Utilizar lenço descartável para higiene nasal.
– Cobrir nariz e boca ao tossir ou espirrar com COM O BRAÇO (e não com as mãos!) ou com um lenço de papel (e jogar no lixo).
– Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas.
– Higienizar as mãos após tossir ou espirrar.
– Não compartilhar objetos de uso pessoal (como talheres, toalhas, pratos e copos).
– Manter os ambientes bem ventilados.
– Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com frequência.
– Evitar contato próximo com pessoas resfriadas ou que estejam com sintomas parecidos com os da gripe.
– Evitar contato próximo com pessoas que sofrem de infecções respiratórias agudas.
– Evitar contato próximo com animais selvagens e animais doentes em fazendas ou criações.
– Evitar aglomerações.
– Ficar em casa quando estiver doente.


Fonte: Ministério da Saúde
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