Levando em consideração o Portal do Ministério da Saúde e os dois maiores portais brasileiros em acessos, Portal Globo.com e Portal UOL, apenas o Portal Globo.com fez um esclarecimento acerca das fake news no dia 15 de Julho. É ela:
(1) É #FAKE que cidade paulista de Porto Feliz não registrou óbito pela Covid-19 por conta de protocolo de cloroquina e azitromicina
O falso texto que viralizou diz: “Ignorado pela grande mídia, o prefeito de Porto Feliz, Cássio Habice Prado, que é médico, adotou desde o início um protocolo de cloroquina e azitromicina. O kit tem custo de R$40. Nenhum óbito.”. Entrentato, não é verdade que Porto Feliz, cidade de cerca de 50 mil habitantes da Região Metropolitana de Sorocaba não registrou qualquer óbito pela Covid-19. Foram dez mortes, segundo dados desta quarta-feira. Porém, a cidade, de fato, adotou o protocolo mencionado, por decisão do prefeito Antônio Cássio Habice Prado, médico. Segundo a prefeitura à CBN, as mortes ocorridas são de pessoas que não entraram no protocolo.
Um kit de remédios que inclui a hidroxicloroquina e azitromicina começou a ser distribuído no começo de abril para pacientes com sintomas leves da infecção pelo coronavírus em dois postos de saúde e no pronto-socorro de Porto Feliz, conforme foi noticiado à época. Nesta quarta-feira (15), o município divulgou que não faz a distribuição de kits. “O que existe é um protocolo de tratamento precoce prescrito por médicos para pacientes com sintomas iniciais de Covid-19, após realização de exames como função renal e hepática, eletrólitos, hemograma, d-dimero, ferritina, gasometria arterial, DHL, lactato, Proteína c-reativa, tomografia computadorizada de tórax e eletrocardiograma”, informa a prefeitura. Cada paciente autoriza formalmente o uso dos medicamentos e é acompanhado diariamente por uma equipe médica e de enfermagem, informou ainda a prefeitura de Porto Feliz à reportagem.
Cabe ressaltar que a ação tanto da cloroquina quanto da azitromicina contra o coronavírus não é comprovada cientificamente, nem isoladamente nem os remédios combinados. O professor-titular de infectologia da UFRJ Mauro Schechter lembra que não há plausibilidade biológica na prescrição destes medicamentos para a Covid-19 – ou seja, não há razão para se supor que sirvam para a doença – e que se trata de uma “fake news brasileira”. Ele lembra que as pessoas que apresentam evolução positiva ao tomar o remédio já melhorariam de qualquer forma. É preciso ter em vista que a grande maioria dos casos de Covid-19 tem desfecho tranquilo, Schechter reforça.
As investigações sobre as formas de transmissão do novo coronavírus ainda estão em andamento, mas a disseminação de pessoa para pessoa, ou seja, a contaminação por contato, está ocorrendo. A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como:
– gotículas de saliva;
– espirro;
– tosse;
– catarro;
– contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão;
– contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.
O Ministério da Saúde ainda orienta cuidados básicos diários para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o novo coronavírus. Entre as medidas estão:
– Lavar as mãos frequentemente com água e sabão por pelo menos 20 segundos ou então higienize com álcool em gel 70%.
– Utilizar lenço descartável para higiene nasal.
– Cobrir nariz e boca ao tossir ou espirrar com COM O BRAÇO (e não com as mãos!) ou com um lenço de papel (e jogar no lixo).
– Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas.
– Higienizar as mãos após tossir ou espirrar.
– Não compartilhar objetos de uso pessoal (como talheres, toalhas, pratos e copos).
– Manter os ambientes bem ventilados.
– Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com frequência.
– Evitar contato próximo com pessoas resfriadas ou que estejam com sintomas parecidos com os da gripe.
– Evitar contato próximo com pessoas que sofrem de infecções respiratórias agudas.
– Evitar contato próximo com animais selvagens e animais doentes em fazendas ou criações.
– Evitar aglomerações.
– Ficar em casa quando estiver doente.
Fonte: Ministério da Saúde


