Levando em consideração o Portal do Ministério da Saúde e os dois maiores portais brasileiros em acessos, Portal Globo.com e Portal UOL, apenas o Portal Globo.com fez esclarecimentos acerca das fake news no dia 14 de outubro. São eles:
(1) É #FAKE que telejornal do DF fez recomendação para pessoas não usarem mais máscara após sete meses de pandemia
Circula nas redes sociais um print com o apresentador do telejornal Bom Dia DF e a recomendação do não uso de máscaras durante a pandemia. Legendas dizem que se trata de uma reportagem atual. Entretanto, a reportagem foi ao ar em 18 de março, quando a orientação dos especialistas era diferente da atual. As postagens que têm circulado com o vídeo não explicam o contexto e alegam uma falsa contradição em relação às medidas que vêm sendo adotadas quanto ao uso de máscaras e reportagens da Globo.
No começo da pandemia, a orientação da Organização Mundial da Saúde era a de que os itens fossem utilizados apenas por pessoas doentes, pelas pessoas que estivessem pessoalmente cuidando dos doentes e por profissionais de saúde que estivessem lidando diretamente com a Covid-19. São estas as informações da reportagem, publicada uma semana após a declaração de pandemia pela OMS. Em 6 de abril, a OMS mudou a orientação. O órgão continuava defendendo o uso das máscaras cirúrgicas apenas por profissionais de saúde, pessoas doentes ou que estivessem cuidando de doentes. A preocupação da organização era a de que a máscara reduzisse a atenção com as demais medidas, como higienização e distanciamento social, e que o uso indiscriminado do produto pudesse piorar situações de falta de equipamentos para quem atuava no combate à doença. Ao mesmo tempo, no entanto, a OMS reconheceu as possíveis vantagens no uso de outras máscaras pela população em geral. “Vantagens potenciais do uso da máscara por pessoas saudáveis na comunidade incluem a redução do risco potencial de exposição a indivíduos infectados durante o período ‘pré-sintomático’ e a estigmatização dos indivíduos que usam máscara para controle da fonte”, diz o documento.
Em 5 de junho, a organização alterou mais uma vez as orientações. A recomendação passou a ser de uso da máscara por todos os profissionais de saúde, por pessoas que integrassem grupos de risco da doença, como idosos, e pela população em geral em áreas com transmissão comunitária da doença. A organização também passou a incluir orientações para o uso das máscaras de pano com base em pesquisas científicas. Naquele dia, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, enfatizou que o guia para uso dos equipamentos era “baseado em evidências que estão evoluindo” e que a organização continuaria “provendo recomendações baseadas nas evidências mais atualizadas”. Hoje, a recomendação da organização é que as máscaras sejam usadas pelo público em geral “em locais que não seja possível manter uma distância de pelo menos um metro entre as pessoas, como locais fechados, lotados ou com baixa ventilação, transporte público e locais de alta densidade demográfica”, entre outros. No Brasil, uma lei federal em vigor desde julho determina o uso das máscaras em locais públicos e privados, incluindo transporte público e estabelecimentos comerciais. Há também normas diferentes em cada estado quanto ao uso e punições pela ausência da máscara.
As investigações sobre as formas de transmissão do novo coronavírus ainda estão em andamento, mas a disseminação de pessoa para pessoa, ou seja, a contaminação por contato, está ocorrendo. A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como:
– gotículas de saliva;
– espirro;
– tosse;
– catarro;
– contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão;
– contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.
O Ministério da Saúde ainda orienta cuidados básicos diários para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o novo coronavírus. Entre as medidas estão:
– Lavar as mãos frequentemente com água e sabão por pelo menos 20 segundos ou então higienize com álcool em gel 70%.
– Utilizar lenço descartável para higiene nasal.
– Cobrir nariz e boca ao tossir ou espirrar com COM O BRAÇO (e não com as mãos!) ou com um lenço de papel (e jogar no lixo).
– Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas.
– Higienizar as mãos após tossir ou espirrar.
– Não compartilhar objetos de uso pessoal (como talheres, toalhas, pratos e copos).
– Manter os ambientes bem ventilados.
– Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com frequência.
– Evitar contato próximo com pessoas resfriadas ou que estejam com sintomas parecidos com os da gripe.
– Evitar contato próximo com pessoas que sofrem de infecções respiratórias agudas.
– Evitar contato próximo com animais selvagens e animais doentes em fazendas ou criações.
– Evitar aglomerações.
– Ficar em casa quando estiver doente.
Fonte: Ministério da Saúde