“Levando em consideração o Portal do Ministério da Saúde e os dois maiores portais brasileiros em acessos, Portal Globo.com e Portal UOL, apenas o Portal Globo.com fez esclarecimentos acerca das fake news no dia 13 de Agosto. São eles:
(1) É #FAKE que Camila Pitanga contraiu Covid-19, mas fingiu ter malária para tomar cloroquina
Camila publicou em sua conta no Instagram o relato dos dias de sufoco que ela e a filha passaram ao contrair malária. No post, ela mostra também exames realizados na Superintendência de Controle de Endemias, da Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo, que atestam a malária. Em nota, a assessoria da atriz reforça: “”A atriz, que estava em confinamento em Barra do Una, região de São Sebastião, em São Paulo, já apresentava sintomas da doença há alguns dias e inicialmente acreditou que tivesse contraído Covid-19. Porém, um exame realizado no dia 4 de agosto afastou a possibilidade. Com orientação de infectologistas, suspeitou que pudesse ser malária, diagnóstico então confirmado pela equipe da Superintendência de Controle de Endemias (Sucen), do Hospital das Clínicas. Informamos ainda que Camila e sua filha estão bem e seguem em tratamento clínico. Quaisquer informações diferentes destas são, portanto, inverídicas.”” De acordo com sua assessoria, Camila de fato tem tomado cloroquina e primaquina, medicamentos indicados para tratamento da malária.
De acordo com a Fiocruz, a malária é uma doença infecciosa febril aguda transmitida pela picada da fêmea do mosquito Anopheles, infectada por protozoários do gênero Plasmodium. No Brasil, três espécies estão associadas à doença em seres humanos: P. vivax, P. falciparum e P. malariae. Cidades do litoral Norte de São Paulo aparecem na lista de municípios com casos de malária.
(2) É #FAKE que todos os atestados de óbitos de pacientes do SUS afirmem que causa mortis foi a Covid-19
Circula nas redes sociais uma mensagem que diz que, em cumprimento a decretos de governadores, os atestados de óbito de todos os pacientes que morrem em unidades do Sistema Único de Saúde (SUS) afirmam que a causa da morte foi a Covid-19, ainda que isso não seja verdade. Segundo a publicação, o número de mais de 104 mil mortes decorrentes da Covid-19 no país é falso, tendo sido inflado propositalmente pelos dados de outras causas mortis. Procurado pela CBN, o Ministério da Saúde refuta tal boato e explica que os óbitos decorrentes da Covid-19 que divulga diariamente são somente os confirmados pelos estados, seguindo as suas orientações, e que os dados são dispostos no site https://covid.saude.gov.br, que pode ser consultado por todos os cidadãos. Informa ainda que semanalmente são liberados também boletins epidemiológicos sobre a pandemia.
O ministério ressalta, em nota, que emitiu nota técnica para orientar o preenchimento da declaração de óbito. Com oito páginas, o documento, datado do mês de maio, diz que “a Covid-19 deve ser registrada no atestado médico de causa de morte para todos os óbitos que a doença causou, ou se assume ter causado ou contribuído para a morte”, e que “o médico tem responsabilidade ética e jurídica pelo preenchimento, pelas informações registradas e pela assinatura da declaração de óbito”. Na nota, o ministério orienta ainda: “Se, no momento do preenchimento da declaração, a causa da morte ainda não estiver confirmada para Covid-19, mas houver suspeição, o médico deverá registrar o termo ‘suspeita de Covid-19’”. Ou seja, não há qualquer orientação para que outras causas mortis sejam adulteradas para Covid-19. Tampouco houve algum decreto de algum governo estadual determinando tal conduta.
As investigações sobre as formas de transmissão do novo coronavírus ainda estão em andamento, mas a disseminação de pessoa para pessoa, ou seja, a contaminação por contato, está ocorrendo. A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como:
– gotículas de saliva;
– espirro;
– tosse;
– catarro;
– contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão;
– contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.
O Ministério da Saúde ainda orienta cuidados básicos diários para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o novo coronavírus. Entre as medidas estão:
– Lavar as mãos frequentemente com água e sabão por pelo menos 20 segundos ou então higienize com álcool em gel 70%.
– Utilizar lenço descartável para higiene nasal.
– Cobrir nariz e boca ao tossir ou espirrar com COM O BRAÇO (e não com as mãos!) ou com um lenço de papel (e jogar no lixo).
– Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas.
– Higienizar as mãos após tossir ou espirrar.
– Não compartilhar objetos de uso pessoal (como talheres, toalhas, pratos e copos).
– Manter os ambientes bem ventilados.
– Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com frequência.
– Evitar contato próximo com pessoas resfriadas ou que estejam com sintomas parecidos com os da gripe.
– Evitar contato próximo com pessoas que sofrem de infecções respiratórias agudas.
– Evitar contato próximo com animais selvagens e animais doentes em fazendas ou criações.
– Evitar aglomerações.
– Ficar em casa quando estiver doente.”
Fonte: Ministério da Saúde


