Levando em consideração o Portal do Ministério da Saúde e os dois maiores portais brasileiros em acessos, Portal Globo.com e Portal UOL, apenas o Portal Globo.com fez esclarecimentos acerca das fake news no dia 11 de Maio. São elas:
(1) É #FAKE que vídeo mostre fiscais da Prefeitura de São Paulo sendo agredidos por ambulantes em meio à pandemia de Covid-19
O vídeo que mostra um confronto entre fiscais da Prefeitura de São Paulo e vendedores ambulantes em uma rua movimentada no centro da cidade foi gravado, na verdade, na região da Santa Ifigênia no dia 25 de setembro de 2019. No vídeo, enquanto alguns dos vendedores ambulantes conseguem fugir, outros dois são agredidos. Na ocasião, 40 fiscais da Subprefeitura da Sé, região central de São Paulo, juntamente com a Polícia Militar e a Guarda Civil Metropolitana, fizeram uma operação de busca e apreensão de comercialização ilegal na Rua Santa Ifigênia o que foi noticiado pelo G1 à época. De acordo com a assessoria de imprensa da prefeitura, a confusão teve início após a apreensão de um carrinho com bebida alcoólica: “Ambulantes utilizando de violência física tentaram impedir que a equipe da Subprefeitura Sé realizasse a apreensão, iniciando confronto com nossos agentes”. Dois agentes ficaram gravemente feridos e chegaram a ser hospitalizados após o embate, mas já foram liberados.
(2) É #FAKE que foto mostre lojas fechadas em Belo Horizonte com cartazes criticando prefeito
A foto de três lojas com placas em protesto contra o prefeito de Belo Horizonte (MG), Alexandre Kalil, pelo fechamento do comércio na cidade devido à pandemia da Covid-19, na verdade, é antiga e foi manipulada digitalmente. A imagem consta de uma reportagem feita pelo jornal das Associações Comerciais do Estado de São Paulo em 2015. O texto fala da crise enfrentada pelas confecções e do fechamento de lojas. A imagem foi registrada na Rua Maria Joaquina, no Brás, região central da capital de São Paulo. As placas que estão nas portas das lojas, porém, são de “aluga-se”, e não de protestos ao prefeito de BH. Hoje, é possível ver pelo Google Maps que os mesmos prédios já não são ocupados por essas lojas.
(3) É #FAKE que tendas de triagem da Unicamp para Covid-19 foram desmontadas por falta de pacientes
O vídeo que mostra tendas de triagem da Unicamp sendo desmontadas foi feito em frente ao espaço montado junto ao Hospital das Clínicas (HC) da universidade, em Campinas, que funcionou do dia 1º de abril ao dia 3 de maio. O HC esclarece que, em 40 dias do funcionamento do serviço de triagem, criado numa área de 900 metros quadrados, com dez consultórios, foram atendidos 546 pacientes, sendo que 40 foram identificados como suspeitos de ter a Covid-19 e encaminhados para avaliações mais criteriosas na Unidade de Urgência e Emergência do HC. O HC também informa que mantém três tendas do Exército para o atendimento adulto e pediátrico e triagem na entrada da Unidade de Emergência Referenciada.
A desmontagem realizada no dia 4 não foi porque não havia demanda de pacientes, mas por conta da criação de um hospital de campanha municipal exclusivo para casos de Covid-19 em Campinas. A montagem ficou a cargo da mesma ONG responsável pelas tendas: a Expedicionários da Saúde (EDS). O hospital de campanha criado tem 36 leitos, porém, deverá ser ampliada. A gestão será feita pela Rede Mário Gatti de Urgência, Emergência e Hospitalar, pública. O atendimento será voltado para a população local, mas sem portas abertas para o público em geral, ou seja, os pacientes serão encaminhados pelas unidades de saúde da cidade para o hospital.
(4) É #FAKE que resultado de teste de Covid-19 saia mais rápido para os mortos que para pacientes vivos
Os principais exames para detecção de coronavírus são o RT-PCR em tempo real, que informa a presença do SARS-CoV-2, e os imunológicos (testes rápidos ou sorologia), que fazem a pesquisa de anticorpos. O primeiro, em geral, requer mais tempo, de 12 a 24 horas, a depender da agilidade dos laboratórios e da demanda, e o segundo entre 10 e 30 minutos. O fato de a amostra biológica ter sido colhida de um indivíduo vivo ou post mortem não influi na rapidez do resultado, esclareceram o Ministério da Saúde e também médicos ouvidos pela CBN. O que impacta é a demanda da testagem, que cresce junto com o número de casos de Covid-19, explicam os especialistas. Ou seja, mesmo em se tratado do teste com o resultado mais demorado, é possível que a análise seja concluída e o laudo, entregue ao paciente no dia seguinte ao da coleta; no entanto, com a pandemia, o prazo tem se alongado, chegando a um tempo bem maior.
O Ministério da Saúde esclarece, em nota, que “no início da pandemia” o prazo para o resultado do exame RT-PCR variava de três a sete dias, e que, hoje, isso foi encurtado, graças à “ampliação da capacidade instalada nos laboratórios e o fornecimento regularizado e crescente de reações de PCR”. Informa ainda que o prazo varia de acordo com o estado e de município para município (o protocolo adotado por cada um determina isso). No caso dos testes rápidos, “o resultado é verificado após 15 minutos da realização, conforme descrito na bula do produto”.
As investigações sobre as formas de transmissão do novo coronavírus ainda estão em andamento, mas a disseminação de pessoa para pessoa, ou seja, a contaminação por contato, está ocorrendo. A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como:
– gotículas de saliva;
– espirro;
– tosse;
– catarro;
– contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão;
– contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.
O Ministério da Saúde ainda orienta cuidados básicos diários para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o novo coronavírus. Entre as medidas estão:
– Lavar as mãos frequentemente com água e sabão por pelo menos 20 segundos ou então higienize com álcool em gel 70%.
– Utilizar lenço descartável para higiene nasal.
– Cobrir nariz e boca ao tossir ou espirrar com COM O BRAÇO (e não com as mãos!) ou com um lenço de papel (e jogar no lixo).
– Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas.
– Higienizar as mãos após tossir ou espirrar.
– Não compartilhar objetos de uso pessoal (como talheres, toalhas, pratos e copos).
– Manter os ambientes bem ventilados.
– Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com frequência.
– Evitar contato próximo com pessoas resfriadas ou que estejam com sintomas parecidos com os da gripe.
– Evitar contato próximo com pessoas que sofrem de infecções respiratórias agudas.
– Evitar contato próximo com animais selvagens e animais doentes em fazendas ou criações.
– Evitar aglomerações.
– Ficar em casa quando estiver doente.
Fonte: Ministério da Saúde


