Levando em consideração o Portal do Ministério da Saúde e os dois maiores portais brasileiros em acessos, Portal Globo.com e Portal UOL, apenas o Portal Globo.com fez esclarecimentos acerca das fake news no dia 06 de Agosto. São eles:
(1) É #FAKE que foto mostre monumento de Berlim lotado em manifestação contra regras para conter Covid-19
Circula nas redes sociais uma imagem que mostra milhares de pessoas entre a Coluna da Vitória e a praça Erns-Reuter-Platz, em Berlim. A legenda afirma que a foto é dos manifestantes que protestaram em 1º de agosto contra as medidas de isolamento impostas para conter a Covid-19. Entretanto, a foto não é da manifestação realizada em Berlim no dia 1º de agosto de 2020, quando cerca de 15 mil pessoas – entre elas, grupos de extrema direita, pessoas contrárias à vacina e defensores de teorias da conspiração – se reuniram para protestar contra as restrições impostas pelo governo para conter o novo coronavírus. A imagem, na verdade, é de um festival de música realizado em 2003. A foto original foi publicada no blog do DJ Dr. Motte, fundador da Love Parade. A foto foi exibida também na exposição “30 anos da Love Parade”, realizada em Berlim entre julho e dezembro de 2019, e na exposição “Berlin Nights: creative energy united 30 years – anniversary of the fall”, realizada em Seul em novembro de 2019.
(2) É #FAKE que compras de produtos chineses caíram 78% no Brasil após boicote por conta da pandemia do coronavírus
A mensagem afirma que a importação de produtos da China teve um redução de 78% devido a uma retaliação pelo fato de a pandemia ter se originado em território chinês, e se alastrado pelo mundo, chegando ao Brasil. Procurada pela CBN, a Secretaria Especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do Ministério da Economia refuta a mensagem falsa e diz que a queda foi muito menor: da ordem de 6,9%. “Os dados oficiais preliminares da balança comercial brasileira mostram que as importações nacionais de produtos chineses (incluindo Hong Kong e Macau) somaram US$ 19,7 bilhões em 2020 até julho. O valor representou uma queda de 6,9% em relação aos US$ 21,1 bilhões importados de janeiro a julho de 2019”, diz o órgão, em nota oficial.
De acordo com a secretaria, a redução das importações oriundas da China é, inclusive, inferior à queda total das importações brasileiras no período, que apresentaram variação negativa de 10,5%. O órgão destaca que, diante disso, a participação chinesa nas compras nacionais, na verdade, subiu neste ano. “A diminuição maior do total importado, de 10,5%, em relação às importações oriundas da China, de 6,9%, fez com que a participação do país nas aquisições brasileiras de produtos estrangeiros crescesse de 20,8%, de janeiro a julho de 2019, para 21,7%, de janeiro a julho de 2020. Nesse último período, a China segue sendo a principal origem das importações brasileiras, à frente da União Europeia, com 18,3% de participação, e dos Estados Unidos, com 16,3%”, afirma a nota.
Dados da Federação de Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo sobre o primeiro semestre de 2020 também desmentem a mensagem falsa. A entidade informa que, no acumulado de janeiro a junho, observa-se uma queda de 7,2% nas importações de produtos da China, assim como de 4,4% nos produtos vindos dos Estados Unidos, 9,6%, da Alemanha, e 30,8%, da Argentina, em relação ao mesmo período do ano passado. Ou seja, a redução, no contexto da pandemia, que é mundial, foi generalizada, não tendo sido motivada por uma tentativa de represália contra o país de origem da crise do novo coronavírus.
A Fecomércio-SP, embora ressalve que não dispõe de informações específicas sobre os produtos chineses, detecta que “as vendas do comércio varejista brasileiro sofreram forte queda por conta da pandemia de coronavírus, e que não só os chineses foram afetados, mas também produtos de outras nacionalidades”. A nota enviada à CBN pela entidade ainda explica: “Observa-se também uma redução na compra tanto de produtos básicos (alimentos) como também de alguns segmentos de máquinas e eletrônicos. Além da crise decorrente da pandemia, o dólar mais alto pode ter desestimulado a compra de produtos importados”.
As investigações sobre as formas de transmissão do novo coronavírus ainda estão em andamento, mas a disseminação de pessoa para pessoa, ou seja, a contaminação por contato, está ocorrendo. A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como:
– gotículas de saliva;
– espirro;
– tosse;
– catarro;
– contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão;
– contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.
O Ministério da Saúde ainda orienta cuidados básicos diários para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o novo coronavírus. Entre as medidas estão:
– Lavar as mãos frequentemente com água e sabão por pelo menos 20 segundos ou então higienize com álcool em gel 70%.
– Utilizar lenço descartável para higiene nasal.
– Cobrir nariz e boca ao tossir ou espirrar com COM O BRAÇO (e não com as mãos!) ou com um lenço de papel (e jogar no lixo).
– Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas.
– Higienizar as mãos após tossir ou espirrar.
– Não compartilhar objetos de uso pessoal (como talheres, toalhas, pratos e copos).
– Manter os ambientes bem ventilados.
– Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com frequência.
– Evitar contato próximo com pessoas resfriadas ou que estejam com sintomas parecidos com os da gripe.
– Evitar contato próximo com pessoas que sofrem de infecções respiratórias agudas.
– Evitar contato próximo com animais selvagens e animais doentes em fazendas ou criações.
– Evitar aglomerações.
– Ficar em casa quando estiver doente.
Fonte: Ministério da Saúde


