Levando em consideração o Portal do Ministério da Saúde e os dois maiores portais brasileiros em acessos, Portal Globo.com e Portal UOL, apenas o Portal Globo.com fez esclarecimentos acerca das fake news no dia 03 de Agosto. São eles:
(1) É #FAKE que foto mostre multidão em protesto contra isolamento em Berlim
A imagem de uma multidão que lota praças, pontes e portos acompanhada de uma mensagem que diz: “Olha o que o povo na Alemanha está fazendo. Em Berlim, todos estão indo para as ruas contra o isolamento, a ditadura que estão implantando por lá” é de 2018 e mostra a Street Parade, em Zurique, na Suíça. Estimativas dão conta de que o evento reuniu mais de 1 milhão de pessoas. Já em Berlim, cerca de 15 mil pessoas participaram dos protestos contra as restrições impostas pela Covid-19. O público era formado por uma combinação de grupos de extrema direita, pessoas contrárias à vacinação, defensores de teorias da conspiração e outros descontentes com as medidas para conter a disseminação do vírus.
(2) É #FAKE que vídeo mostre prefeito de BH sendo cobrado por isolamento em restaurante de Nova Lima em meio à pandemia
O vídeo em que o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, é abordado e discute com um homem em um estabelecimento comercial mostram, na verdade, um episódio que ocorreu em 2018, quando o então candidato e agora deputado estadual Bernardo Bartolomeu, o Bartô (Novo), cobrou Kalil pelo gasto de R$ 60 mil em uma viagem de jatinho a Brasília. A discussão ocorreu em Belo Horizonte, e não em Nova Lima. Procurada pela equipe do Fato ou Fake, a Prefeitura de Belo Horizonte diz que, na ocasião, “o procurador-geral de Belo Horizonte, Thomáz de Aquino, foi a Brasília no dia 3 de maio para uma agenda com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) concedida de última hora e, por isso, foi necessário fretar uma aeronave”.
(3) É #FAKE que dióxido de cloro previne e cura a Covid-19
Falsas promessas de cura envolvendo a substância química, comercializada com a sigla MMS, já eram compartilhadas na internet bem antes do início da pandemia da Covid-19, inclusive para quadros de autismo. Isso levou a Agência Nacional de Vigilância de Vigilância Sanitária (Anvisa) a banir a comercialização do MMS e a emitir alertas quanto a este tipo de anúncio perigoso.
O pneumologista Rodolfo Fred Behrsin, professor do Hospital Universitário Gaffrée e Guinle, adverte que usar dióxido de cloro como medicamento é tão impensável quanto beber ou inalar produtos usados para fazer faxina. Ingrid Cotta, infectologista da Beneficência Portuguesa de São Paulo, reforça que o indivíduo que fizer uso dessa substância pode vir a apresentar insuficiência respiratória grave. A médica lembra que em maio do ano passado a Anvisa liderou uma ação coordenada com estados e municípios no sentido de inibir o comércio irregular e fiscalizar a fabricação do MMS, tamanho é o risco para as pessoas iludidas por anúncios em redes sociais.
Cabe ressaltar que desde junho de 2018 a Anvisa proíbe a fabricação, distribuição, comercialização e uso desses produtos. Segundo a agência, o dióxido de cloro não tem aprovação como medicamento em lugar algum do mundo. A substância é classificada como um produto corrosivo, cuja manipulação exige uso de equipamento de proteção individual. A inalação também é arriscada. Patricia lembra que a utilização também está proibida em países como os Estados Unidos, o Canadá e o Reino Unido por configurar um perigo à saúde. “O dióxido de cloro pode causar insuficiência respiratória, doenças do sangue, pressão arterial baixa, insuficiência hepática, anemia, vômitos e diarreia”, enumera a médica.
As investigações sobre as formas de transmissão do novo coronavírus ainda estão em andamento, mas a disseminação de pessoa para pessoa, ou seja, a contaminação por contato, está ocorrendo. A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como:
– gotículas de saliva;
– espirro;
– tosse;
– catarro;
– contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão;
– contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.
O Ministério da Saúde ainda orienta cuidados básicos diários para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o novo coronavírus. Entre as medidas estão:
– Lavar as mãos frequentemente com água e sabão por pelo menos 20 segundos ou então higienize com álcool em gel 70%.
– Utilizar lenço descartável para higiene nasal.
– Cobrir nariz e boca ao tossir ou espirrar com COM O BRAÇO (e não com as mãos!) ou com um lenço de papel (e jogar no lixo).
– Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas.
– Higienizar as mãos após tossir ou espirrar.
– Não compartilhar objetos de uso pessoal (como talheres, toalhas, pratos e copos).
– Manter os ambientes bem ventilados.
– Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com frequência.
– Evitar contato próximo com pessoas resfriadas ou que estejam com sintomas parecidos com os da gripe.
– Evitar contato próximo com pessoas que sofrem de infecções respiratórias agudas.
– Evitar contato próximo com animais selvagens e animais doentes em fazendas ou criações.
– Evitar aglomerações.
– Ficar em casa quando estiver doente.
Fonte: Ministério da Saúde


