Vivemos um momento extremamente grave, no Brasil e no mundo, em função da pandemia do novo coronavírus, a Covid-19, que fechou escolas, universidades, shopping-centers, espetáculos culturais e esportivos, suspendendo, entre outras coisas, eventos como os Jogos Olímpicos e nossas tradicionais celebrações religiosas goianas, como a Procissão do Fogaréu, na Cidade de Goiás, e a Festa do Divino Pai Eterno, em Trindade. Os efeitos da paralisia decorrente do vírus já se fazem notar em todas as áreas, não só na saúde e na economia, mas ainda temos falado pouco do impacto negativo na educação.
O Brasil tem uma história de equívocos na condução das políticas públicas de educação. Historicamente, o país investiu no ensino superior, abandonando o alicerce de tudo, que é a educação básica. Nos anos de 1930, houve um movimento importante nesse sentido, mas foi só na década de 1990 que o MEC declarou que o ensino fundamental seria prioritário e instituiu um mecanismo de financiamento para a etapa da educação básica, que é o nome que se dá às 3 etapas de escolaridade que antecedem a educação superior: a educação infantil, o ensino fundamental e o médio.
Em decorrência desse viés, entramos no século XXI, com demandas não atendidas dos séculos XIX e XX, como universalização do ensino fundamental, e ainda ampliadas pelas demandas do século XXI, da Revolução Tecnológica e do Conhecimento, que requer de professores e alunos competências e habilidades que eles não têm, como capacidade de inovar, se adaptar, criar, cooperar, trabalhar em equipe, bem como usar tecnologias digitais para fins pedagógicos, ou seja, voltadas para a aprendizagem.”
Fonte: Diário da Manhã


