Educação a distância e as voltas que a Terra dá

19 de Maio de 2020

Quando, em março de 2020, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) anunciou que metade dos estudantes do planeta estavam fora da escola em virtude da covid-19, soou a sirene da incoerência entre os tão propagados novos padrões estabelecidos pelo século XXI e o que de fato tem sido a realidade. Do dia para a noite o distanciamento social passou a ser regra e conceitos como disruptura e inovação foram nocauteados por um sistema educacional enraizado em práticas estabelecidas no longínquo século XIX, quando não havia alternativas ao quadro negro, à carteira e à voz in loco do professor.

A pandemia do novo coronavírus emergiu globalmente um debate que, ao menos no Brasil, há décadas era negligenciado: o uso das novas tecnologias de informação e comunicação no processo de ensino-aprendizagem. Para além da discussão sobre a utilização de computadores ou aplicativos educacionais nas salas de aula, por aqui a oferta de uma educação efetivamente mediada pela tecnologia sempre enfrentou as barreiras do preconceito e da desinformação.

Como resultado, nos últimos meses ficou evidenciado o despreparo de gestores e de escolas para lidar com a impossibilidade das aulas presenciais. Com maior ou menor estrutura, estados, municípios e unidades educacionais se viram obrigados a buscar, no susto, alternativas para viabilizar a continuidade da formação educacional de milhões de estudantes. Seja imprimindo apostilas, investindo em teleaulas ou utilizando ferramentas online de encontros virtuais, a Educação a Distância (EAD) passou a ser a única solução possível.


Fonte: Moodle livre
Translate »