Desigualdade e alfabetização desafiam educação na pandemia da covid-19

29 de Maio de 2020

Professores, alunos, pais e autoridades avaliam que covid-19 escancarou desigualdades e trará impactos, ainda desconhecidos, para as crianças do país.

“Estou exausto e trabalhando facilmente cerca de 15 horas diárias. No ensino à distância não é só dar a aula. Você trabalha muito fora do seu horário; são muitas demandas novas o tempo todo”. Essa rotina foi relatada à EXAME por um professor de gramática de uma escola particular na cidade de São Paulo, mas a sensação é compartilhada entre diferentes atores educacionais. Diante da pandemia do novo coronavírus, eles se viram obrigados a adaptar, em questão de dias, o modelo secular das escolas tradicionais.

No Brasil, o avanço da covid-19 forçou o fechamento das unidades de ensino já no início de março. A atividade foi uma das primeiras a serem suspensas, por conta da orientação das autoridades de saúde indicando a urgência do distanciamento social.

Segundo monitoramento da Unesco, agência da ONU para educação, 52 milhões de estudantes brasileiros ainda estão fora das salas de aulas. Com exceção das turmas mais infantis, a maioria, contudo, enfrenta os desafios do ensino remoto. Na avaliação de especialistas, a pandemia vai mudar para sempre o modelo educacional em todo o mundo.


Fonte: EXAME
Translate »