CNBB oferece educação integral à menina que foi engravidada pelo tio

25 de agosto de 2020

Um caminho mais seguro para a menina de 10 anos, moradora de São Mateus (ES), que foi estuprada por um tio, segundo a Polícia Civil do Espírito Santo, e teve a gestação de cinco meses interrompida no dia 17, com autorização judicial. A direção da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) se pontifica a cuidar da educação integral da criança, oferecendo ainda acompanhamento psicológico.

Conforme apurou o Estado de Minas, o objetivo da entidade, presidida pelo arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, dom Walmor Oliveira de Azevedo, é sempre manter a identidade da garota em completo sigilo para que nunca seja associada ao caso que comove o país por se tratar de gravidez na infância e causa polêmica devido à questão do aborto. Na terça-feira, a CNBB encaminhou ao bispo da diocese de São Mateus (ES), dom Paulo Bosi Dal’Bó, um ofício com a proposta de educação e acompanhamento psicológico para a garota, a ser entregue ao Ministério Público do Espírito Santo. No mesmo dia, o documento foi protocolado na Promotoria de Justiça da Infância e da Juventude da Comarca de São Mateus (ES).

A oferta da CNBB vale para qualquer estado brasileiro, pois há vários colégios católicos ligados à entidade espalhados pelo país, caso a família da garota decida pela mudança do Espírito Santo. Em qualquer localidade, todos os benefícios serão oferecidos de forma integral e gratuita. Esta é a íntegra do ofício assinado pelo presidente da CNBB, dom Walmor Oliveira de Azevedo: “O crime contra a infância, que expõe misérias humanas e existenciais, interpela-nos a agir para minimizar a dor dessa criança, covardemente submetida ao mal. Há de se cuidar para que ela, desde já, encontre amparo psicossocial. Nessa perspectiva, a Igreja se coloca à disposição da criança e de sua família, com a mediação e a orientação da Promotoria da Infância e da Juventude. Nossas redes de instituição de ensino estão à disposição para, graciosamente, oferecer educação integral a essa menina, garantindo-lhe preservação da identidade e acompanhamento psicopedagógico especializado no horizonte do humanismo cristão”.

O documento explica também que a Igreja se prontifica a empenhar para que a criança supere as consequências da violência sofrida e tenha todas as condições necessárias para construir um futuro digno. E está também sensível à situação da família e aberta “ao diálogo com a Promotoria de Justiça para auxiliar no que for necessário”.


Fonte: Estado de Minas
Translate »