Cidade de SP tem 16 das mais de 4 mil escolas municipais reabertas para atividades extracurriculares

21 de outubro de 2020

Quinze escolas municipais da cidade de São Paulo reabriram para atividades extracurriculares nesta segunda-feira (19) em um esquema especial de funcionamento. O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB) autorizou a retomada das aulas nas mais de 4 mil unidades municipais de ensinos infantil, fundamental e médio, apenas para atividades extracurriculares, a partir do dia 7 de outubro, e a palavra final fica com o conselho de cada unidade.

Naquela data, apenas uma escola, o Centro de Educação Infantil (CEI) Penha Bom Jesus, reabriu para atividades extracurriculares ao 17 dos seus 120 alunos. Na rede privada, mais de 80% das escolas operam desde o dia 7.

De acordo com o protocolo, as escolas da rede pública municipal deverão ofertar, preferencialmente, as seguintes atividades:
*atividades culturais;
*cursos de idiomas;
*atividades esportivas que não sejam coletivas, nem envolvam contato físico;
*música;
*oficina de culinária e de contos literários;
*teatro de fantoches;
*exploração visual;
*atividades recreativas;
*atividades de reforço escolar, principalmente, de português e matemática.
*Acolhimento
*Nos Centros Educacionais Unificados (CEUs), as atividades de teatro e cinema estão proibidas, e as liberadas devem acontecer na área externa para evitar aglomerações. *O protocolo estabelece algumas regras específicas, são elas:
*Proibição de atividades nos teatros, SPcine e nas piscinas.
*Proibição de realização de atividades coletivas, como, por exemplo, jogos de futebol.
*Atividades deverão acontecer em áreas externas, respeitando o distanciamento.
*Poderão ser oferecidas atividades de recuperação de aprendizagem.

A definição sobre a retomada das aulas regulares – de português, matemática, história e geografia, só deve ocorrer depois do dia 10 de novembro. O secretário municipal de saúde, Edson Aparecido, espera o resultado final do inquérito sorológico entre alunos, professores e servidores para traçar uma estratégia e anunciar a retomada.

O que já se sabe é que os alunos que já foram infectados pelo coronavírus devem ser os primeiros a voltar para as escolas públicas e particulares da cidade de São Paulo ainda neste ano. Os resultados da etapa mais recente do mapeamento, a terceira, foram divulgado pela gestão municipal e apontaram que mais de 244 mil alunos das redes pública e privada já tiveram contato com o vírus da Covid-19 na capital paulista, e que 66% são assintomáticos.

A primeira e a segunda fase do inquérito foram feitas apenas com alunos da rede pública municipal, e também mostrou que 64% dos infectados desse público foram assintomáticos. Foram esses resultados que adiaram o retorno às aulas, mesmo extracurriculares.

O governo do estado autorizou as escolas a reabrirem para aulas extracurriculares, acolhimento e educação física já no dia 8 de setembro, mas as prefeituras têm autonomia, e Covas vetou a retomada àquela altura.

Veja o resumo da situação das aulas regulares na capital:
*Ensino Superior: Liberado retorno presencial em outubro;
*Ensino Médio: Liberado apenas para atividades extracurriculares em outubro;
*Ensino Fundamental: Liberado apenas para atividades extracurriculares em outubro;
*Ensino Infantil: Liberado apenas para atividades extracurriculares em outubro.
Uma pesquisa da Rede Nossa São Paulo divulgada no dia 10 de setembro apontou que 81% dos moradores da capital são contrários ao retorno das aulas presenciais na cidade.
Uma pesquisa Datafolha publicada no site do jornal “Follha de S.Paulo” no dia 26 de setembro indicou que 75% dos eleitores de São Paulo avaliam que as escolas deveriam continuar fechadas nos próximos 2 meses.


Fonte: G1 São Paulo
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