08.07.2020 – Notícias classificadas como Fake News

8 de julho de 2020

Levando em consideração o Portal do Ministério da Saúde e os dois maiores portais brasileiros em acessos, Portal Globo.com e Portal UOL, 2 fake news foram esclarecidas, 1 realizadas pelo Portal Globo.com outra pelo Portal UOL no dia 08 de julho. São elas:

(1) É #FAKE que OMS considere desnecessário uso de máscara por quem não foi infectado pelo coronavírus
A CBN entrou em contato com a OMS, que respondeu que sua publicação mais atualizada a respeito do uso de máscaras foi do dia 5 de junho a qual orienta que em locais onde há disseminação comunitária da doença – caso do Brasil –, “os governos devem incentivar o público em geral a usar máscaras onde houver transmissão difusa e o distanciamento físico for difícil, como em transportes públicos, em lojas ou em outros ambientes confinados ou lotados”. Essa diretriz baseia-se em dados dos últimos estudos sobre a pandemia, cuja dinâmica, nova e ainda em curso, segue sendo analisada pela comunidade médico-científica.

A OMS sublinha na publicação mais recente que as máscaras podem servir como proteção individual a indivíduos saudáveis, no contato com infectados, e também para controle coletivo da pandemia, quando os já contaminados a utilizam. Isso porque o Sars-Cov-2 é transmitido por meio de gotículas exaladas pelas pessoas que já o contraíram, o que pode ocorrer no ato da fala, da tosse e do espirro. Entretanto, a OMS reitera que o item, “por si só, é insuficiente para fornecer um nível adequado de proteção”.

No Brasil, desde o mês de abril o Ministério da Saúde orienta a população em geral a utilizar a máscara, sem fazer distinção entre os que estão contaminados pelo coronavírus e os que não estão; inclusive, a pasta passou a ensinar as pessoas a produzirem máscaras de tecido em casa. Por sua vez, estados e municípios determinaram a obrigatoriedade do uso do item em locais públicos, fechados ou não, incluindo as ruas. Isso vale para todos os cidadãos, e existe previsão de multa a quem descumprir a medida.

A médica Ligia Bahia, especialista em saúde pública, complementa: “A ideia de que quem já teve Covid-19 poderia dispensar – porque a máscara protegeria apenas quem não teve a doença – não é verdadeira porque ainda não há certeza sobre a questão da imunidade; ou seja, não se sabe se de fato as pessoas que já tiveram estão imunes. Até onde os estudos conseguiram alcançar, não sabemos quem transmite e quem é receptor. Em princípio, todos somos transmissores e todos estamos suscetíveis à infecção. Não devemos sair ao ar livre sem máscara, muito menos ir a lugares fechados sem ela. Todos devem se cuidar e cuidar dos outros”.

(2) Azitromicina, ivermectina e nitazoxanida: automedicação não é recomendado
Uma publicação do dia 25 de junho da página “Um pouco de tudo” no Facebook indica o uso dos medicamentos azitromicina, ivermectina e nitazoxanida para pessoas com sintomas leves de covid-19. O texto sugere que a recomendação parte de “profissionais de saúde”, sem citar nomes, em função de um suposto “colapso no Sistema de Saúde do Brasil” e é direcionada a quem não quiser se “arriscar a ir a um hospital”.

Essa recomendação, porém, contraria a orientação da ampla maioria das autoridades e entidades de saúde. Embora haja estudos em andamento sobre a possível ação desses medicamentos contra o vírus que causa a covid-19, o SARS-CoV-2, a eficácia deles não foi comprovada até o momento. Além disso, a orientação para pessoas que apresentam sintomas é procurar assistência médica e não se automedicar.

A afirmação de que haveria um “colapso” no sistema de saúde brasileiro também não é verdadeira. Levantamento feito pelo Comprova mostra que, neste momento, todos os estados possuem leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) disponíveis.

As investigações sobre as formas de transmissão do novo coronavírus ainda estão em andamento, mas a disseminação de pessoa para pessoa, ou seja, a contaminação por contato, está ocorrendo. A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como:
– gotículas de saliva;
– espirro;
– tosse;
– catarro;
– contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão;
– contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.

O Ministério da Saúde ainda orienta cuidados básicos diários para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o novo coronavírus. Entre as medidas estão:
– Lavar as mãos frequentemente com água e sabão por pelo menos 20 segundos ou então higienize com álcool em gel 70%.
– Utilizar lenço descartável para higiene nasal.
– Cobrir nariz e boca ao tossir ou espirrar com COM O BRAÇO (e não com as mãos!) ou com um lenço de papel (e jogar no lixo).
– Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas.
– Higienizar as mãos após tossir ou espirrar.
– Não compartilhar objetos de uso pessoal (como talheres, toalhas, pratos e copos).
– Manter os ambientes bem ventilados.
– Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com frequência.
– Evitar contato próximo com pessoas resfriadas ou que estejam com sintomas parecidos com os da gripe.
– Evitar contato próximo com pessoas que sofrem de infecções respiratórias agudas.
– Evitar contato próximo com animais selvagens e animais doentes em fazendas ou criações.
– Evitar aglomerações.
– Ficar em casa quando estiver doente.


Fonte: Ministério da Saúde
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