O espectro de uma segunda onda de COVID-19 paira sobre nós. Alguns especialistas em doenças infecciosas acreditam que o SARS-CoV-2 pode estar perdendo a virulência. A maioria é menos otimista. O Dr. Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, informou na semana passada que “a pandemia está se acelerando” – nas Américas, sul da Ásia e Oriente Médio. “O mundo está em uma fase nova e perigosa”, disse ele. “O vírus ainda está se espalhando rapidamente, ainda é mortal e a maioria das pessoas ainda é suscetível”.
A sombra da pandemia de gripe de 1918 obscurece nossa perspectiva. A primeira onda desse surto ocorreu entre março e julho. Provou-se relativamente leve. A segunda onda chegou em agosto. Foi muito pior. A maioria das 50 a 100 milhões de mortes causadas pela gripe ocorreu durante 13 semanas entre setembro e dezembro de 1918. O século passado incubou a ideia de que uma segunda onda justificaria o medo mortal. Verdadeiro ou não, é correto perguntar: o que devemos fazer para nos preparar?
Fonte: The Lancet