A atual pandemia, de proporções nunca vistas por esta geração, tem promovido um inegável incremento no uso de tecnologias educacionais – ainda que com pouca inovação – o que trouxe uma certa onda de otimismo de que o processo ensino-aprendizagem, especialmente na Educação Básica, finalmente sofrerá a disrupção tão esperada e profetizada, apesar do eterno conflito entre teoria e prática. Mas transformar o temporário em perene pode não ser um caminho tão natural assim, tampouco o único desdobramento possível.
Primeiramente, há de se reconhecer que grande parte das implementações foram de improviso, à exceção de um seleto grupo de instituições. Apesar do ensino remoto na Educação Básica encontrar muitas barreiras legais no Brasil – temporariamente relaxadas, mas que possivelmente serão posteriormente restabelecidas –, o uso de grande parte de suas ferramentas de modo complementar ao ensino presencial nunca foi impedido, sendo inclusive estimulado.
Ter um canal online para tirar dúvidas com os professores, disponibilizar conteúdos produzidos pelo professor (não aqueles padronizados e distribuídos pelos sistemas de ensino) e criar vídeos para tirar dúvidas mais coletivas da turma, por exemplo, nunca foram proibidos, ainda assim eram muito pouco utilizados até há poucos meses. Prevaleceu aquela triste realidade de que a sala de aula pré-pandemia em muito pouco se diferenciava daquela de 100 anos atrás: um professor, um quadro e um grupo de alunos.
Fonte: Paranashop Comunicação e Tecnologia Ltda


