O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), em parceria com a Associação Brasileira de Franchising (ABF) e a Associação Brasileira de Educação a Distância (ABED), realizou uma pesquisa sobre impactos da Covid-19 nas empresas de educação. Além disso, o levantamento também apresenta caminhos para romper as barreiras causadas pela pandemia.
O estudo revela que garantir a renovação das matrículas para 2021 para a retomada e sobrevivência dos negócios é a maior preocupação para 76% dos representantes da Educação Infantil pesquisados, para 57% dos gestores de Curso Livre e 49% das outras modalidades de ensino. A evasão escolar ocupa o segundo lugar na lista de conflitos causados pelo coronavírus.
“O setor de Educação é um dos mais impactados pela crise e os empresários têm que responder aos desafios do presente, como a retomada das aulas presenciais e adoção de protocolos de saúde, e do futuro, como a adoção e intensificação do uso de tecnologias educacionais. O Sebrae tem disponibilizado orientações e atuado para preparar os pequenos negócios do setor para enfrentar estes obstáculos”, explica do presidente do Sebrae, Carlos Melles, segundo assessoria de imprensa.
Ainda de acordo com a nota do Sebrae, o presidente da ABF, André Friedheim, diz que pandemia evidenciou a resistência e adaptabilidade do setor de educação. “O segmento de Serviços Educacionais, que é pioneiro no franchising brasileiro, tem demonstrado grande resiliência e capacidade de reação nessa crise. Os desafios para as empresas em geral têm sido enormes, daí a importância dessa pesquisa capitaneada pelo Sebrae, com a participação da ABF e da ABED, lançar luz sobre os reais impactos da pandemia nesse setor tão essencial para nós, como pessoas e profissionais”, diz.
O levantamento foi realizado entre 27 de agosto e 14 de setembro. On-line, a pesquisa apontou que 75% dos negócios estavam localizados em municípios em processo de reabertura ou abertos à circulação de pessoas. O estudo ainda constatou que 61% das empresas de educação respondentes estavam funcionando e 35% com atividades interrompidas temporariamente.
Pertencer a uma rede de franquias reduziu o impacto da pandemia no negócio, ainda de acordo com o levantamento. Cerca de 86% dos franqueados tiveram diminuição de receita, enquanto 97% dos negócios independentes apresentaram essa redução. Apesar da pandemia, 7% constataram aumento do faturamento –, e houve redução entre 83% dos franqueadores pesquisados.
Ainda fruto da pandemia, o ensino híbrido ganhou mais espaço nos modelos educacionais. O ensino remoto adotado durante a pandemia será permanente para 68% dos respondentes de Curso Livre, seguida da Presença digital (56%). Já entre as unidades de Ensino Infantil, predominam Adoção de protocolos de saúde (63%) e Maior Rigor na gestão financeira (59%).
“O comprometimento e adaptação de alunos e pais foi apontado como um dos maiores desafios para implantação do ensino remoto em 65% das escolas de Educação Infantil e em 56% das unidades de Curso Livre”, diz a nota do Sebrae.
Para Sylvia de Moraes Barros, coordenadora da Comissão de Educação da ABF, “o setor educacional demonstrou grande capacidade de se reinventar nessa pandemia. Ele conseguiu se adaptar a essa nova realidade numa velocidade que muitos imaginavam que não fosse possível. O uso das tecnologias tem sido feito de tal modo que, no caso dos estudantes infanto-juvenis, os pais demonstram confiança na metodologia de ensino online”, afirma, segundo informações da assessoria de imprensa.
De acordo com o levantamento, 39% dos negócios pesquisados estão em salas de rua, 28% em outros locais e 21% na própria casa do professor. O estudo indicou que as classificadas na modalidade “Outros” contavam com maior número de pessoas ocupadas, em relação a empregabilidade das empresas de educação, 13,4, seguida de Educação Infantil, com 12,5. A pesquisa apurou, ainda, em quanto tempo os respondentes estimavam que a situação econômica voltaria à normalidade. Para os gestores de Educação Infantil, demorará 14,6 meses, para os de Curso Livre, 12,7, e “Outros”, 12,5.
Fonte: Leia Já


