O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Luís Roberto Barroso, afirmou que a Corte firmou uma parceria com as principais redes sociais para combater a disseminação de informações falsas nas eleições. Entre as empresas que integram o acordo com o tribunal, estão WhatsApp, Twitter, Facebook, Instagram, TikTok e Google.
Para o professor de Tecnologia da FGV, Arthur Igreja, ouvido pela BandNews TV, o foco da ação do TSE está em monitorar o comportamento dos usuários e não chegar ao ponto de punir as pessoas pelas ações em rede.
“O ministro Barroso quer entender quais são os mecanismos usados por grupos para espalhar as fake news, financiar robôs que espalham mentiras e influenciam as pessoas ao voto. Ao meu ver, invés de se colocar na posição de determinar o que é verdade ou não, o TSE vai entender os grupos que coordenam as notícias falsas”, disse o professor.
Segundo Igreja, as notícias falsas geralmente são implantadas por grupos que estudam pautas impactantes e decisivas durante uma eleição para manipular narrativas e histórias que possuem parte de informações verdadeiras com mentirosas para serem disseminadas nas redes sociais.
“A pessoa que não está nos grupos polarizados recebe a notícia que foi compartilhada e curtida milhões de vezes e entende que aquilo é uma verdade”, afirmou.
As principais redes sociais parceiras do TSE já possuem botões para denúncias de notícias falsas, na tentativa de conter a disseminação de inverdades. Embora a pauta seja polêmica, as empresas tentam fugir da atitude de punir ou retirar publicações para evitar críticas dos usuários.
Fonte: Band Uol


