Levando em consideração o Portal do Ministério da Saúde e os dois maiores portais brasileiros em acessos, Portal Globo.com e Portal UOL, apenas o Portal Globo.com fez esclarecimentos acerca das fake news no dia 15 de setembro. São eles:
(1) É #FAKE que três jovens morreram depois de tomar CoronaVaC
Informação de que irmãos de 13, 16 e 18 anos foram a óbito tem sido propagada em vídeo que viralizou nas redes sociais. Instituto Butantan, que realiza os testes com a vacina para a Covid-19, nega qualquer reação adversa ao imunizante até o momento. Além disso, ela não tem sido ministrada em menores de idade.
Tem viralizado nas redes sociais um vídeo em que uma mulher afirma que três irmãos, de 13, 16 e 18 anos, morreram depois de receber a CoronaVac, vacina para a Covid-19 de fabricação chinesa testada em voluntários pelo Instituto Butantan. No vídeo, a mulher não dá o nome de nenhuma das vítimas, só diz que são filhos de uma amiga sua. Além disso, ela que diz morar em Portugal cita uma série de informações falsas sobre a pandemia, como a de que testes para a Covid-19 já eram comprados por governos desde 2017, boato já desmentido pela equipe do Fato ou Fake.
O Instituto Butantan nega que isso tenha acontecido, e afirma que menores de idade nem sequer podem participar dos testes com a vacina. Informa ainda que nenhum voluntário apresentou reações adversas ao imunizante até o momento. “É irresponsável e totalmente inverídico o depoimento que atribui a morte de pessoas ao uso da CoronaVac, vacina em desenvolvimento pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica Sinovac Life Science”, afirma nota oficial enviada à CBN. O Butantan lembra que coordena a terceira e última fase dos estudos clínicos com a meta de testar 9 mil voluntários no Brasil, sendo que mais de 4 mil já receberam a primeira de duas doses da vacina sem que tenham apresentado problemas de saúde. O instituto reafirma também que os voluntários são profissionais da saúde que estão na linha de frente do combate ao coronavírus. As pessoas devem ter idades entre 18 e 59 anos para participar.
“O Butantan ressalta que todos os voluntários são monitorados pelos 12 centros de pesquisas, e até o momento não foi reportado qualquer efeito colateral grave, muito menos óbito. Qualquer estudo sério é interrompido imediatamente assim que identificada qualquer anomalia”, afirma a nota. “Nesta última fase de estudo clínico, estão sendo avaliadas a eficácia e segurança da vacina e, somente após a sua conclusão e aprovação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, poderá ser administrada na população para proteger contra a Covid-19”, esclarece o instituto, ligado à Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo. “Vale ressaltar que a vacina teve suas duas primeiras fases de estudos clínicos realizadas com cerca de 24 mil voluntários na China e os resultados preliminares constataram apenas efeitos colaterais leves, como dores no local da aplicação, em 3%, e febre baixa, em menos de 1% dos testados”, reforça o órgão.
(2) É #FAKE que nenhum morador de rua morreu de Covid-19
Circula pelas redes sociais uma mensagem que diz que nenhum mendigo morre de Covid-19 porque todos são imunes e que isso demonstra que a pandemia é uma grande farsa. A mensagem falsa diz: “Nenhum mendigo morre de Covid-19. São imunes. Se a pandemia fosse verdadeira, teriam sido exterminados. Não usam álcool em gel, não fazem distanciamento social nem ficam em casa. Povo idiota e alienado. Acordem. É uma grande farsa”. Não é verdade que nenhuma pessoa em situação de rua tenha morrido de Covid-19. Apenas na cidade de São Paulo, 30 pessoas em situação de rua foram hospitalizadas e acabaram morrendo em decorrência da doença, segundo dados da Prefeitura. Ao todo, 294 moradores de rua foram diagnosticados com a Covid-19 e acompanhados pelas equipes do Consultório na Rua e Redenção entre abril a agosto. Há farta documentação também de registros em outras cidades pelo país como, por exemplo, em Belo Horizonte, Natal (RN) e Aracaju.
As cidades têm adotado estratégias diferentes para testar moradores em situação de rua e prevenir o contágio. A Prefeitura de São Carlos (SP), por exemplo, realizou em julho uma força-tarefa para testar a Covid-19 em pessoas em situação de rua. A Prefeitura de São João da Boa Vista (SP) distribuiu máscaras e álcool em gel para os moradores. Em São Paulo, a Prefeitura tem oito equipes no Centro e 26 equipes distribuídas pela cidade. Para o enfrentamento da Covid-19, durante o período de pandemia, as equipes têm intensificado ações de abordagem com orientação sobre o vírus, prevenção, sinais e sintomas da doença. A Prefeitura adota ainda uma busca ativa de sintomáticos em locais de maior concentração de pessoas em situação de rua e monitoramento dos suspeitos/confirmados, para posterior encaminhamento aos Centros de Acolhida. A distribuição de máscaras de tecido e itens de higiene, incluindo álcool em gel, também tem sido uma ação recorrente durante a pandemia.
O Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos informa que até o momento não dispõe de um número específico de óbitos da população em situação de rua em função da Covid-19 no âmbito nacional, mas esclarece que “está atento à gravidade da doença e ao possível impacto sobre a população em situação de rua em função da sua vulnerabilidade”. O ministério afirma que “tem trabalhado na articulação com o objetivo de melhorar e ampliar os serviços já fornecidos tanto pelo SUAS (Serviço Único de Assistência Social) quanto pelo SUS (Serviço Único de Saúde) e ampliar a participação da sociedade civil, em especial de entidades religiosas, no desenvolvimento de ações de voluntariado voltadas para esse público”. O ministério disponibiliza para o acesso público a Nota Técnica Orientações Gerais sobre Atendimento e Acolhimento Emergencial à população em situação de rua no contexto da pandemia do Covid-19 e o Protocolo para Organizações da Sociedade Civil sobre Atendimento e Acolhimento à População em Situação de Rua no Âmbito da Pandemia Covid-19.
As investigações sobre as formas de transmissão do novo coronavírus ainda estão em andamento, mas a disseminação de pessoa para pessoa, ou seja, a contaminação por contato, está ocorrendo. A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como:
– gotículas de saliva;
– espirro;
– tosse;
– catarro;
– contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão;
– contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.
O Ministério da Saúde ainda orienta cuidados básicos diários para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o novo coronavírus. Entre as medidas estão:
– Lavar as mãos frequentemente com água e sabão por pelo menos 20 segundos ou então higienize com álcool em gel 70%.
– Utilizar lenço descartável para higiene nasal.
– Cobrir nariz e boca ao tossir ou espirrar com COM O BRAÇO (e não com as mãos!) ou com um lenço de papel (e jogar no lixo).
– Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas.
– Higienizar as mãos após tossir ou espirrar.
– Não compartilhar objetos de uso pessoal (como talheres, toalhas, pratos e copos).
– Manter os ambientes bem ventilados.
– Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com frequência.
– Evitar contato próximo com pessoas resfriadas ou que estejam com sintomas parecidos com os da gripe.
– Evitar contato próximo com pessoas que sofrem de infecções respiratórias agudas.
– Evitar contato próximo com animais selvagens e animais doentes em fazendas ou criações.
– Evitar aglomerações.
– Ficar em casa quando estiver doente.
Fonte: Ministério da Saúde


