A pandemia do novo Coronavírus modificou os formatos de ensino em todo o País. Durante o período de isolamento social, uma nova modalidade emergencial surgiu: a de ensino remoto a distância. A partir de então, órgãos oficiais da área de educação se posicionaram de forma a orientar as Instituições de Ensino Superior (IES). Os movimentos são favoráveis à preservação do ensino de qualidade ao aluno e contra a redução coletiva dos valores de mensalidades, que pode ameaçar a manutenção de empregos e a própria oferta de acesso ao Ensino Superior. A mudança de aulas presenciais para o espaço digital levou inúmeros alunos a pretenderem uma redução nas mensalidades. Por isso, o Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior Privado (Semesp) e a Associação Brasileira de Mantenedoras do Ensino Superior (Abmes) desenvolveram ações de esclarecimento contra o argumento de que as IES diminuíram os gastos com essa suspensão, durante o período de isolamento.
A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), órgão do Ministério da Justiça, também se posicionou contrária à horizontalização das mensalidades, em maio deste ano. Em nota, a Senacon esclarece que as IES devem buscar alternativas para garantir a prestação do serviço, na Educação essa adaptação foi feita por meios digitais, sendo que as reposições necessárias devem ser feitas posteriormente. O documento ainda reforça ser imprescindível a articulação dos Procons com as secretarias estaduais de educação para estabelecer critérios de avaliação do conteúdo e verificar o cumprimento do calendário escolar, os pedidos de aplicação de descontos na mensalidade devem ser avaliados concretamente, ou seja, sem a adoção de medidas lineares de desconto.
Uma pesquisa realizada pelo Semesp mostra que mais de 260 mil estudantes abandonaram o curso ou trancaram matrícula em universidades privadas entre os meses de abril e maio. Essa evasão foi 32% maior que a do mesmo período em 2019. A pesquisa ainda alertou que 11,3% dos estudantes devem terminar o ano inadimplentes. Já um estudo da Abmes apontou que, no último mês, 42% dos alunos estão sob o risco de desistir dos estudos, passo preocupante para o desenvolvimento da carreira de cada um.
Fonte: JM Online


