20.08.2020 – Notícias classificadas como Fake News

20 de agosto de 2020

Levando em consideração o Portal do Ministério da Saúde e os dois maiores portais brasileiros em acessos, Portal Globo.com e Portal UOL, apenas o Portal Globo.com fez um esclarecimento acerca das fake news no dia 20 de Agosto. È ele:

(1) É #FAKE que mistura de vinagre de maçã e alho cure a Covid-19
O vídeo foi gravado por um homem que se diz um pastor e empresário no estado do Pará. Ele argumenta que a Covid-19 não é tão grave quanto parece, e que se as pessoas fizerem uso de sua receita não terão formas graves da doença. “Aqui na minha casa são 5 pessoas e pegamos. A cura não é tão difícil quanto as pessoas divulgam… Descobrimos um remédio caseiro e simples que mata o coronavírus. O vinagre, quando bater na sua garganta, já vai começar a matar o coronavírus. E o alho afina o sangue, ele circula melhor. Assim você não vai morrer”, ele afirma. Entretanto, não é verdade que este ou qualquer outro preparado caseiro seja eficaz contra o coronavírus, seja na prevenção, seja no tratamento uma vez que a infecção está instalada, afirmam especialistas entrevistados pela CBN, que rechaçaram todo este conteúdo.

O pneumologista Rodolfo Fred Behrsin, professor do Hospital Universitário Gaffrée e Guinle, esclarece que, depois que a infecção se instala, não há substâncias que possam matar o vírus, muito menos alimentos que consigam conter o processo da doença. “Infelizmente, esta é mais uma receita caseira que supostamente teria capacidade de destruir o coronavírus, e não tem. Pode enganar muitas pessoas. O vinagre não tem ação contra o Sars-CoV-2. Uma vez que o vírus entra no organismo humano, ele se torna bastante resistente”, explica. “Não existe medicamento conhecido no mercado mundial com capacidade de destruir este vírus. Por sua vez, o alho não tem uma capacidade de anticoagulação que seja grande o suficiente para impedir a atividade trombótica induzida pela infecção. Não é tão simples. Seria muito bom se uma receita dessas tivesse essa eficácia, mas isso não é verdade”, aponta o médico.

Patricia Canto Ribeiro, pneumologista da Escola Nacional de Saúde Púlica, lembra que uma substância, para ter eficácia e segurança comprovadas, precisa antes passar por testes. Por isso, não convém acreditar em “curas milagrosas” alardeadas na internet. “As medidas de higiene das mãos, o uso de máscaras e o distanciamento social são o que temos de garantia para reduzir a transmissão da doença e o risco de adoecimento. O uso de ‘fórmulas’ para a Covid-19 é arriscado, podem dar às pessoas uma falsa sensação de que ela está se prevenindo, fazendo com que elas relaxem as medidas de prevenção, realmente comprovadas. Ou pior, fazendo com que doentes não procurem atendimento médico precoce. Isso pode levar à morte. Já sabemos que o acompanhamento dos pacientes desde o início dos sintomas é importante para a identificação precoce de sinais de gravidade”, alerta.

As investigações sobre as formas de transmissão do novo coronavírus ainda estão em andamento, mas a disseminação de pessoa para pessoa, ou seja, a contaminação por contato, está ocorrendo. A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como:
– gotículas de saliva;
– espirro;
– tosse;
– catarro;
– contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão;
– contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.

O Ministério da Saúde ainda orienta cuidados básicos diários para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o novo coronavírus. Entre as medidas estão:
– Lavar as mãos frequentemente com água e sabão por pelo menos 20 segundos ou então higienize com álcool em gel 70%.
– Utilizar lenço descartável para higiene nasal.
– Cobrir nariz e boca ao tossir ou espirrar com COM O BRAÇO (e não com as mãos!) ou com um lenço de papel (e jogar no lixo).
– Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas.
– Higienizar as mãos após tossir ou espirrar.
– Não compartilhar objetos de uso pessoal (como talheres, toalhas, pratos e copos).
– Manter os ambientes bem ventilados.
– Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com frequência.
– Evitar contato próximo com pessoas resfriadas ou que estejam com sintomas parecidos com os da gripe.
– Evitar contato próximo com pessoas que sofrem de infecções respiratórias agudas.
– Evitar contato próximo com animais selvagens e animais doentes em fazendas ou criações.
– Evitar aglomerações.
– Ficar em casa quando estiver doente.


Fonte: Ministério da Saúde
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